Após os questionamento sobre a necessidade da
obra, Administração Regional tranquiliza moradores informando que essa não é
onerosa ao cofres públicos e sim correção de falhas.
Muitos moradores ficaram atônitos quanto ao
trabalho de asfaltamento iniciado a poucos dias na Avenida Santa Maria e
começaram a levantar suspeitas sobre real necessidade de novo trabalho no local,
uma vez que o asfalto existente está novo e em perfeitas condições de trafego.
Todavia, o trabalho que está sendo realizado na via e que acontecerá na Avenida
Alagados e em outras vias do Distrito Federal, não irá onerar os cofres
públicos. Tudo porque a medida faz parte do programa “Asfalto Novo”, iniciado
na gestão Agnelo Queiroz e que foi contestada pelo Tribunal de Contas do
Distrito Federal.
A informação foi passada pelo administrador
Nery do Brasil que ao ser interpelado sobre o novo trabalho, justificou o
ocorrido e que maiores informações só poderiam ser transmitidas à imprensa pela
Novacap. Todavia, deixou claro que a ação que está sendo realizada não irá
“onerar os cofres públicos”.
A muito tempo, motoristas reclamam sobre
desníveis e desgastes nas vias Santa Maria e Alagados que em alguns locais,
ocasionaram no surgimento fissuras. “Se o asfalto é novo, não entendo o porquê
desse desgaste repentino”, disse o motorista rodoviário Manoel de Jesus Soares.
De acordo com o tribunal, tanto a espessura
do asfalto quanto a concentração de cimento asfáltico estão com índices
inferiores ao acordado. A espessura, está cerca de 3 centímetros menor.
Assim, o tribunal recomendou que o trabalho
fosse refeito nos locais onde foi apresentado desproporção e que a empresa
contratada arcasse com todo o ônus da operação.
O órgão disse ainda que a diferença de um
centímetro na obra pode resultar em um prejuízo aos cofres públicos de 20% do
valor total. Em um trecho de recapeamento de 50 quilômetros, a diferença é de
R$ 3 milhões. Apesar de ter ser o primeiro dia de análises, o tribunal já
calcula que o GDF gastou R$ 60 mil a mais por quilômetro asfaltado.
O programa Asfalto Novo foi lançado pela
gestão de Agnelo Queiroz em 2013. Na época, o então governador prometeu a
recuperação total de 6 mil quilômetros de asfalto das vias do DF até o final de
2014, que corresponde a 51,28% de toda a malha viária da capital que
atualmente, está sendo contestada em órgãos judiciais.
Em novembro do último ano, o programa foi
suspenso por falta de verba. De acordo com a Novacap, foram recuperados 872
quilômetros em 29 regiões do DF nas duas primeiras etapas do Asfalto Novo, o
que corresponde a 14,53% do prometido.
Com a retomada do programa, serão refeitos
177 km de asfalto até dezembro por R$ 43 milhões, diz GDF. A Novacap diz que
vai fiscalizar a qualidade do asfalto e do trabalho das empresas contratadas. A
medida pretende evitar que novos buracos apareçam logo após o recapeamento.
O primeiro passo para a execução das obras
ocorre com funcionários fazendo um corte de cerca de 15 centímetros de profundidade
no asfalto danificado. Depois de jogar o piche no local, uma máquina passa para
nivelar a pista.
Segundo a Novacap, se houver falhas, empresas
contratadas terão de corrigir problemas sem custo ao Governo de Brasília.
Fonte - Agência Satélite
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