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SANTA MARIA - Um Comando nota 9 – Subcomandante do 26º BPM classifica atuação do batalhão com a nota 9, “uma vez que não poderia dar nota 10”



O novo Comando do 26º Batalhão de Policia Militar de Santa Maria, está atuando a aproximadamente quatro meses e vem mostrando resultados positivos para a comunidade O novo titular é o tenente-coronel Raimundo Nonato Cavalcante, que é auxiliado pelo subcomandante, major Jamilson José Batista de Moura.

Em entrevista, o major Jamilson, nos seus 19 anos de serviço à Polícia Militar, que exerceu várias funções no amplio da PM, inclusive já tendo passagens marcantes pelo batalhão da cidade, disse da forma de atuação do Comando na prevenção de crimes na cidade.

De início o subcomandante disse que o 26º Batalhão está empenhado em cumprir a missão permanente de proteger a vida, a liberdade e os direitos individuais dos cidadãos na cidade, sendo esta a principal missão do comando. "Temos à disposição para a cidade de Santa Maria profissionais qualificados e especializados em atividades específicas do policiamento, que prestam serviço valoroso à sociedade. Assim, o nosso Comando está diuturnamente empenhado em servir a sociedade com ações planejadas na busca de proteger o cidadão nas suas idas e vindas, bem como no interior de suas residências", afirmou Jamilson.

Um dos principais quesitos que o Comandante tem que possuir, segundo o major, é o controle da tropa, uma vez que esse tem de estar presente, acompanhar, fiscalizar, estar junto nos momentos bons e ruins, desempenhando com qualidade a sua função. "E isso, com certeza, o tenente-coronel Nonato Cavalcante tem de sobra, pois é um militar operacional. A nossa missão aqui é diária, são mais de 60 policiais/dia e 13 viaturas (podendo chegar a 20 por turno, dependendo da ocasião), somente para Santa Maria. São homens aguerridos, cientes de sua responsabilidade e que, por isso mesmo, têm o reconhecimento da comunidade santamariense" disse.

Ainda, segundo o major, a estrutura do Comando de policiamento da cidade é preparada para a demanda. “Apesar de acreditar que todo reforço é necessário, temos uma equipe estruturada e capaz de desenvolver o trabalho de combate à criminalidade. Há de se ressaltar que o governo do DF está formando aproximadamente 1000 policiais, que serão incorporados aos quarteis em breve e ainda já anunciou concurso público para mais 700. Acredito que com essas iniciativas, a PM estará ainda mais estruturada para combater a criminalidade que ainda persiste em existir no Distrito Federal. Para se ter uma ideia, atualmente, o comando de Santa Maria é o que mais apreende armas de fogo dentre os demais do Distrito Federal. Assim, só podemos concretizar que o trabalho está sendo realizado”.

O major Batista explica que o principal desafio encontrado no policiamento local é o crescente número de pequenos traficantes e de usuários de drogas que vem se espalhando pela cidade. Segundo ele, o Comando está diuturnamente levantando os pontos críticos com a finalidade de identificar os traficantes e com isso realizar batidas para tirá-los de circulação.

Com relação a informação veiculada pela mídia de que o roubo a comércio na cidade cresceu cerca de 35%, Batista foi enfático em dizer que discorda do número apresentado. “Nós trabalhamos com números fornecidos pelas mais altas instancias da segurança pública do Distrito Federal e quando vamos confrontar, o que é mostrado pela mídia com, por exemplo, ocorrências registradas nas delegacias e atuações do nosso pessoal, os números não batem. Não que os números mostrados pela mídia estão errados, porém, não condizem com a realidade dos números da segurança pública. Isso pode acontecer pelo fato do comerciante, muitas vezes, não registrar a ocorrência, que é o principal meio para elucidação do fato, bem como serve de base para a prevenção de futuros crimes. Assim, se não houver registro, não há o crime propriamente dito. Não teremos meios para intensificar o patrulhamento em uma região, se não temos registros de ocorrências naquele lugar. O que sugerimos, é que a população registre tais fatos para que possamos elaborar medidas e soluções para o combate à criminalidade. O registro da ocorrência é fundamental para elucidação e prevenção de novos crimes”, explicou.

Apesar da cidade ter vários pontos de incidência de criminalidade e tráfico de drogas, o subcomandante não vê pontos que necessite de uma ação mais enérgica da Policia Militar. “Se você me perguntasse isso a mais ou menos quinze anos atrás, poderia te dar uma resposta objetiva, porém atualmente não existe um ponto específico que necessite de maior atuação. Outrora existia a intitulada ‘faixa de gaza’. Todavia, muitos meliantes já morreram, outros se mudaram ou foram presos. Assim, a região não pode ser mais considerada como tal. As ações policiais estão espalhadas pela cidade, pois os crimes acontecem em diversos pontos. Com isso não temos como mapear e apontar um local específico para atuação”.

De acordo com o subcomandante, um dos principais parceiros da Policia Militar no trabalho de prevenção à criminalidade é o Conselho de Segurança. “O Conseg atua como um elo entre os moradores e a segurança pública, fazendo com que o nosso trabalho seja recebido pela comunidade como um instrumento de prevenção. A atuação do conselho de segurança por meio de informação e conscientização tem feito com que a comunidade conhecesse ainda mais o trabalho das forças de segurança que atuam na cidade”, disse.

Perguntado sobre como a violência poderia ser evitada, o major Batista foi enfático em dizer que, só se resolve o problema da violência uma junção de fatores. “Tenho convicção de que passaria necessariamente por investimentos fortes na área de educação. A polícia lida com os efeitos do problema; quando ele se torna ‘policiável’, é porque uma série de outras etapas não foram cumpridas. A polícia é o sexto elo de proteção social. Antes tem a família, escola, amigos, mercado de trabalho, a igreja, enfim, uma série fatores que, se não forem respeitados, o problema vem a ser da área da polícia.  Acredito que o governo do Distrito Federal está desenvolvendo políticas públicas que caminhem lado a lado na busca de soluções para o problema da segurança pública na nossa capital”, finalizou.

Ele também informou que o 26º Batalhão possui um telefone, aonde a comunidade poderá entrar em contato diretamente com o comando, sem necessariamente precisar ligar para o 190. “Temos um número que a comunidade poderá entrar em contato conosco quando for informar alguma ocorrência, sem precisar de identificação. Assim, teremos mais agilidade para chegar até o local e quem sabe, prevenir tal ato criminoso, pois daqui acionaremos diretamente a viatura mais próxima. O número é 3910-1888”, finalizou.


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