A Secretaria de Fazenda do Distrito Federal apreendeu aproximadamente R$ 1,5 milhão em mercadorias de luxo de uma loja de calçados e acessórios no Parkshopping, em Brasília, na manhã desta quinta-feira (27). De acordo com a pasta, a loja não declarava Imposto de Renda e não tinha cadastro formal na Fazenda do DF.
O Parkshopping e os proprietários da loja disseram que não vão se pronunciar sobre o caso. A Fazenda informou que os proprietários da loja apresentaram documento datado desta quinta com suposta inscrição e que vai apurar a veracidade dos dados fornecidos.O G1 ligou para a loja, que negou que houvesse operação de apreensão de mercadorias no local. A reportagem no entanto, registrou a ação dos fiscais da Fazenda. Às 11h30, o estabelecimento estava com as portas fechadas.
Informações preliminares apontam que os proprietários compravam mercadoria usando o nome de terceiros e a revendiam por preços muito maiores como sendo de marca própria. A reportagem do G1 apurou que o sapato mais barato do estabelecimento custa R$ 395. De acordo com a secretaria, levantamentro preliminar aponta que os proprietários do estabelecimento terão de pagar R$ 860 mil, incluindo impostos sonegados, multas e juros.
Funcionário tira mercadoria em caixas de loja no Parkshopping (Foto: Isabella Calzolari/G1)
A operação faz parte do programa "Pacto por Brasília", e tem como objetivo intensificar as operações de fiscalização nas contas públicas. Aproximadamente 20 servidores entre auditores e servidores da área operacional participaram da ação.
A operação começou na quarta-feira pela noite, mas não havia nenhum representante legal da empresa para acompanhar a ação fiscal. Nesta quinta, as mercadorias lacradas serão levadas para o depósito da Fazenda, onde serão contadas.
A loja só será reaberta quando os proprietários pagarem a multa e ajustarem todas as questões fiscais, informou a fiscalização. A loja faz parte de uma rede, que tem outras unidades pelo país. A unidade do DF foi aberta em dezembro do ano passado.
A secretaria informou que a questão será tratada apenas na esfera administrativa, mas as informações serão enviadas ao Ministério Público, que pode ajuizar ação na Justiça por sonegação de impostos.
Fonte: G1/DF
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