Kiara Mila Oliveira
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Desde 2012 o nome do deputado distrital Julio Cesar se tornou conhecido na capital. O novo cargo público veio a tona em janeiro, mas o paulista, natural de São Bernardo do Campo, conseguiu fama por meio de seu antigo emprego: o de Secretário de Esporte e Lazer de Brasília - vaga hoje ocupada pela ex-jogadora de vôlei Leila Barros.
Mesmo sendo ex-secretário, Julio tomou gosto pelo esporte e quer se manter por dentro dos acontecimentos no DF. Uma de suas missões recentes diz respeito à polêmica reforma do Autódromo Internacional Nelson Piquet.
Com o novo cargo, ele criou uma bancada do esporte e, além das obrigações do novo emprego, arquiteta com Leila formas de alavancar o desporto em Brasília principalmente diante das dificuldades financeiras que a cidade atravessa.
Como foi a sua chegada a Brasília?
O esporte me abraçou quando eu cheguei e fui convidado pelo ex-governador Agnelo Queiroz para o secretariado. Comecei como adjunto e, em outubro do mesmo ano, me tornei secretário.
O que é o esporte para você?
É algo apaixonante. Você consegue chegar às crianças, adolescentes, jovens e velhos facilmente. É algo que une as pessoas independentemente da classe, cor ou religião. O esporte tem esse simbolismo de aglutinar pessoas e isso me encanta. Um exemplo bem claro é um jogo de futebol. Em uma situação dessas, podemos ver gente de todas as idades.
Desde a posse como secretário você sempre esteve muito ativo no esporte. Agora como deputado continua movimentando essa área. Por quê?
Nessa área consegui muitas coisas, inclusive ser o deputado mais bem votado nas últimas eleições fazendo cair por terra aquele mito de que o esporte não consegue eleger ninguém. O esporte tem, sim, um representante na Câmara Legislativa que não deixa nada de lado. Vou lutar por outros segmentos do DF, mas o esporte é o meu carro-chefe.
O que mudou do seu antigo cargo para agora?
Estou aqui há um mês, mas o serviço aumentou porque, além do esporte, tenho outras demandas que Brasília precisa se atentar. Estamos vivendo um momento delicado. Estou tentando conciliar tudo. A Secretaria era mais tranquila.
A Leila é a sua sucessora na Secretaria. Quais são as suas primeiras impressões?
Está fazendo um excelente trabalho. Logo no início do ano, o governador Rodrigo Rollemberg disse que a Corrida de Reis seria cancelada por falta de recursos. Ela correu atrás da iniciativa privada e conseguiu fazer a prova. Tenho certeza que vai fazer muito mais do que eu fiz e estarei apoiando tudo daqui da Câmara.
Qual foi o principal motivo para criar a frente parlamentar esportiva?
Para que nesses próximos quatro anos à frente da Câmara Distrital possa defender o esporte aqui dentro (da Câmara) também.
A capital perdeu provas de grande visibilidade como a Universíade e a Fórmula Indy. Por enquanto, tudo indica que o esporte não é prioridade. O que fazer para mudar este cenário?
Sem dúvida, alguma a situação que ele pegou não é nada saudável. O antigo governo deixou Brasília numa situação crítica e entendemos que neste momento é necessário ele fazer o que está sendo feito. É claro que os apaixonados pelo esporte ficam tristes. Deixar de ter a Universíade, uma vez que vimos com louvor o funcionamento da Gymnasíade, e a Fórmula Indy, que esteve nas nossas mãos e foi embora, é muito ruim. Acredito que poderemos ajudar buscando o Ministério do Esporte e a iniciativa privada enquanto Brasília não entra no caminho correto. Vemos grandes empresas patrocinando grandes eventos e é isso o que nos resta no momento, infelizmente. É só uma maré que estamos passado e logo voltaremos com força total.
O que você pretende fazer sobre o futuro do Autódromo?
Estive com o governador e os representantes das Federações de motociclismo e automobilismo para tentar reavaliar o término das obras porque Brasília precisa continuar movimentando aquele lugar. Não podemos perder o título de capital do esporte. O Rollemberg me disse que esse mau momento de Brasília vai passar e ele vai investir no esporte, até porque essa foi uma das plataformas de campanha dele. Vou continuar lutando até porque esse é um dos meus objetivos.
Neste primeiro momento, quem está te apoiando na frente parlamentar do esporte?
Praticamente todos os deputados, inclusive de gente que jamais achava que teria. Quando comecei a colher assinaturas me surpreendi e não tenho dúvidas que vou conseguir desenvolvê-la de maneira positiva.
Fonte: Da redação do Jornal de Brasília