Em apenas 55 dias no poder, o “saco de maldades” apresentado por Rodrigo Rollemberg, que impôs aumento de impostos, cortes nos salários e perdas de garantias conquistadas pelos servidores, bem como a extinção de algumas administrações regionais, pôs fim, precocemente, à lua de mel do casamento vivido pelo governador e a população do DF. Sob pressão das comunidades que não aceitam o fim de suas administrações regionais e de algumas categorias trabalhadoras, como a dos professores, os deputados abandonam Rollemberg e não estão dispostos a pegar a mesma catinga da impopularidade do governador. A justificativa da falta de dinheiro provocada pelo rombo deixado pelo ex- governador Agnelo Queiroz, já não convence mais ninguém, a começar pela maioria dos 24 deputados distritais, que ocuparam a Tribuna da Câmara Legislativa nesta terça-feira (24) para provar através de estudos apurados que o atual governo esconde informações e aumentou em mais de meio milhão de reais as despesas com cargos em comissão de confiança. O líder do governo na Câmara Legislativa, Raimundo Ribeiro (PSDB), ficou sem argumentos para defender as medidas do Executivo enviadas a CLDF, e teve que se penitenciar diante de um grupo barulhento de moradores da Fercal que se encontrava no nas galerias da Casa, e declarou que não irá votar a favor da extinção das administrações regionais. Audiência pública para ouvir a população Um requerimento do deputado Rodrigo Delmasso(PTN), assinado por um grande grupo de deputados, inclusive da base governista, foi aprovado pedindo a instalação de audiências publicas nas cidades que foram atingidas pelo “saco de maldades” de Rollemberg, que pede a extinção ou fusão de algumas administrações regionais , como é o caso da RA XXXVII do Jardim Botânico. Delmasso justificou que as administrações regionais tem um papel fundamental no atendimento a população e que o governador precisa repensar sobre o seu interesse de extinguir administrações regionais. “Brasília tem um crescimento latente e as regiões administrativas não foram criadas apenas para atender questões do ponto de vista política, mas para atender, principalmente, a demanda da sociedade. Acabar com um órgão que representa o Estado, não é sensato e não devemos mexer com isso”, disse o parlamentar ao Radar. Ele defende que o governador Rollemberg volte a fazer as rodas de conversas com a comunidade para que a população diga se quer ou não extinguir a sua administração regional.
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