Está cheia de cautelas a bancada do Distrito Federal no Congresso. É que, iniciado o ano legislativo precisa-se escolher seu coordenador, encarregado de definir as propostas comuns da unidade da Federação — basicamente as emendas orçamentárias — e batalhar por sua liberação. Qualquer um dos três senadores e oito deputados federais pode receber a missão. Este ano, quem surge como mais posicionado para ser coordenador é o veterano Alberto Fraga. O problema é que não apenas Fraga faz oposição ao Planalto como também tem dificuldades na relação com o governador Rodrigo Rollemberg, o que pode prejudicar a missão.
Quem pode, não quer. Quem quer, não deve
Rollemberg conhece bem a questão. Foi duas vezes coordenador da bancada — a missão costuma ter mandato de um ano — e conseguiu recordes na liberação de verbas. Caso o coordenador não seja Fraga, examinam-se os nomes dos deputados Augusto Carvalho, Izalci Lucas e Laerte Bessa. Partidário de Rollemberg e sem atritos com o Planalto, Augusto seria o mais indicado. Só que até agora não despertou qualquer interesse pela função. O único a manifestar empenho é o tucano Izalci. Seu PSDB apoiou Rollemberg no segundo turno, mas Izalci faz forte oposição ao governo e a Dilma Rousseff.
Fonte: Jornal de Brasília – Coluna do Alto da Torre – Eduardo Brito