Escolas de Samba do DF reduzem em 22,6% os cursos, mas ainda não têm garantias de verba para o carnaval
O presidente da Liga das Escolas de Samba do DF, Geomar Leite, espera receber uma resposta do GDF (Governo do Distrito Federal) ainda nesta quinta-feira (7) sobre os recursos para realização da festa do Carnaval 2015. Segundo ele, o dinheiro deveria ter sido repassado ainda no ano passado, para que houvesse tempo hábil para preparação do evento. Mas, sem dinheiro nas contas públicas, isso ainda não aconteceu. Desta forma, Geomar enviou ao executivo uma proposta que reduz em 22,6% o que foi repassado para as Escolas de Samba no ano passado, na esperança de que a festa aconteça...
— Diminuímos 220 mil o que recebemos no ano passado. Além disso, propomos que a estrutura que ficaria montada nos quatro dias, ficasse por apenas três. Assim, cai R$ 1 milhão no valor de estrutura. Hoje vamos saber se a proposta será aprovada, não podemos sofrer antes da hora.
A Liga das Escolas de Samba do DF informou que, sem o dinheiro, será “impossível” realizar a festa de carnaval no Distrito Federal, já que existe um débito de R$ 1,4 milhão esperando para ser quitado. Para Geomar, o Carnaval não pode responder pelas mazelas deixadas pelo antigo chefe do executivo do DF e, mesmo com todos os problemas de caixa, é possível realizar a festa.
— A partir de 25 de janeiro já entra orçamento do DF. Tem problema de Saúde, tem, mas o Carnaval não pode ser responsabilizado. Se tivesse tudo bem o governo passado não teria perdido, ele [Rodrigo Rollemberg] foi eleito porque nós confiamos nele para resolver esses problemas e o carnaval passa por parte da cultura que tem que acontecer.
O chefe da Casa Civil do Distrito Federal, Hélio Doyle, disse nesta terça-feira (6), em entrevista coletiva, que o Carnaval 2015 vai acontecer, mas ainda não sabe se haverá verbas do GDF (Governo do Distrito Federal) na realização da festa, porque
— Temos conversado [com as Escolas de Samba] e vamos tomar uma decisão entre hoje e amanhã a respeito disso. Mas, a prioridade hoje é pagar os servidores, os terceirizados, porque se não os serviços param. A situação da Saúde está precária, tem a questão do início do ano escolar. Então, essa questão do carnaval ainda não está fechada.