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Rollemberg quer criar controladoria no DF

Com total autonomia para auditar e fiscalizar as contas do governo, estrutura substituirá a Secretaria de Transparência
Millena Lopes
millena.lopes@jornaldebrasilia.com.br

A Secretaria de Transparência não aparece na estrutura administrativa apresentada pelo novo governo. O motivo, esclarece Hélio Doyle, é que o governador eleito Rodrigo Rollemberg pretende criar a Controladoria Geral do Distrito Federal. Com autonomia completa, o organismo terá estrutura semelhante à Controladoria-Geral da União, segundo o futuro chefe da Casa Civil, que reuniu a imprensa ontem, para dar detalhes de como será o novo governo. Acompanhe a seguir os principais pontos:  
Transparência
“A Secretaria de Transparência deixa de existir e passa a ser Controladoria Geral, que, na nossa opinião, é mais que uma secretaria. Será indicada uma pessoa que terá autonomia para investigar, auditar as contas, verificar os contratos e propor medidas punitivas, quando for o caso. Além disso, vai ter um conselho de transparência formado por representantes da sociedade civil. A gente acredita que, com a controladoria, ao lado das diversas corregedorias e controles internos que há no governo, mais o conselho, a gente vai ter muito mais transparência do que tem hoje”.
Obras
“A Secretaria de Infraestrutura e Serviços Públicos está subdividida em duas grandes áreas: o setor de obras, onde está, inclusive, a Novacap; e o setor de serviços públicos, onde estão CEB, Caesb, SLU”.  
Comissionados
“A equipe de transição recebe informações de alguns setores onde funcionários não aparecem para trabalhar  desde a eleição. Praticamente abandonaram os locais de trabalho. Temos uma percepção geral de que há exagero nas funções comissionadas. A gente até acha que não vai ser muito difícil fazer o  corte de 60% dos comissionados”. 
Turismo
“A Secretaria de Turismo é transitória. Ela existe enquanto não for criada a empresa de turismo, que consideramos a melhor alternativa para trabalhar o turismo, como é feito em diversos outros estados”. 
Centro administrativo
“‘”A despesa mensal com o centro administrativo é muito elevada. Estamos calculando entre R$ 15 milhões e R$ 17 milhões por mês. E pagar isso sem utilizar, na atuação situação do Distrito Federal, é gastar dinheiro à toa. Mas os contratos serão mantidos, a não ser que tenham problemas grandes”. 
Carnaval
“O Carnaval corre risco (de não acontecer)  por que o atual governo não pagou a primeira parcela às escolas de samba. Agora, vamos ter que avaliar  as condições reais de ser efetuado esse pagamento. Tudo vai ser feito com diálogo. A sociedade precisa estabelecer prioridades”. 
Mané Garrincha
“É óbvio que, pelo custo, o estádio é um ônus para o estado. A solução para esse problema tem que ser muito discutida, observando situações de outras cidades e países. A concessão é um caminho para que o GDF se livre dos custos de manutenção. Vamos examinar com calma para tomar a decisão. Agora, uma coisa é pacífica: dificilmente, o governo tem condições de administrar esse estádio com o custo de manutenção e com o (baixo) volume de eventos”.  
Alianças políticas
“Tem pressão, mas não é muito forte não. Os partidos buscam espaço, mas  já entenderam que o clima é outro. Se não tentarmos mudar, com os riscos que isso traz, vamos continuar sendo mais do mesmo”.
Fonte: Da redação do Jornal de Brasília

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