Empresa
reclama quebra de contrato e cobra explicações do governo do Estado quanto ao
não pagamento de aluguéis e posicionamento em relação ao futuro do imóvel
locado. Segundo a empresa, dívida atualizada já somam R$ 249.833,00.
Conta o empresário José Maria de
Araújo, administrador da empresa JM Participações e Incorporações Ltda., que no
dia 01/08/2012, firmou contrato de um ano, no valor de R$ 9,5 mil mensais com a
Prefeitura Municipal, gestão do então prefeito João de Assis Pacífico, aonde o
órgão ficaria responsável pelos pagamentos de aluguéis decorrentes da locação
de um andar no prédio por ele administrado, em decorrência de uma parceria
entre o governo do Estado e a Prefeitura Municipal, visando a instalação da
unidade do Vapt-Vupt na cidade. De acordo com ele, em janeiro de 2013, o atual
prefeito Everaldo Vidal, após analisar legislação vigente, ficou impedido de
dar continuidade ao contrato, uma vez que, “não havia amparo jurídico legal
para que a Prefeitura assumisse tal despesas, sob alegação de que não podia
quitar débitos do governo estadual”. Mesmo assim, conta o empresário, o
Prefeito para não prejudicar o andamento dos trabalhos da unidade no local,
encaminhou para a Câmara Municipal, uma dotação orçamentária e assumiu o
pagamento por três meses (janeiro, fevereiro e março) até que o problema entre
o governo do Estado e a empresa responsável pela locação do imóvel fosse
solucionado.
Araújo informou que desde a o
primeiro contrato e lavramento do contrato de aluguel, houveram investimentos
para adequação das instalações por parte da sua empresa (as adaptações
incluíram rede, cabeamento, salas, copa, rack, banheiros, várias subdivisões e
adequações nos elevadores), que obedeceram aos critérios estabelecidos para o
funcionamento da unidade no imóvel, bem como demais despesas de parcelas de
aluguéis, água e luz por onze meses, que chegam, atualmente, no montante
aproximado de R$ 249,833,00. “A únicas despesas pagas, foram os três meses
assumidos em documento pelo atual prefeito Everaldo Vidal e durante a gestão do
prefeito João de Assis Pacífico (cinco meses). Se formos levar em consideração
a vigência do contrato, eles ficaram nos devendo ainda três meses de aluguéis. Após
isso não recebemos qualquer tostão, sendo que o imóvel ficou, durante todo esse
tempo à disposição do Vapt-Vupt a pedido da Segplan, o que me acarretou novos
prejuízos, uma vez que, pois ficamos impedidos de loca-lo”, disse em tom de
indignação.
A falta de compromisso foi tamanha
por parte da superintendência do Vapt-Vupt que durante o tempo em que esteve
instalado e em funcionamento no imóvel, os responsável não quitaram ao menos as
despesas de água e luz, o que fez com que os serviços fossem interrompidos pela
falta de pagamento. Na época a Segplan – Secretaria de Gestão e Planejamento decidiu
desativar temporariamente os serviços da unidade, até que os débitos fossem
saldados, transferindo o atendimento para o município do Valparaiso, distante
cerca de 15 km. A decisão, segundo a imprensa que noticiou o descaso na época,
“se deu em protesto por parte da empresa que administra o imóvel, pela falta de
pagamento de nove meses de aluguéis atrasados” (trecho da matéria veiculada no
portal G1). Todavia, explica o empresário, a informação não procede, uma vez
que o fornecimento de energia elétrica e água potável é feito por empresas
particulares e cada imóvel possui seu próprio medidor controlado diretamente
por essas empresas. “Os cortes da energia e água foram realizados pelas
empresas fornecedoras”, relatou.
Ainda para justificar a desativação
da unidade no local e a falta dos pagamentos de aluguéis e despesas
obrigatórias, a Segplan informou que “o proprietário teria de resolver a
questão de acessibilidade, pois órgão funcionava no segundo andar do prédio era
atendido somente por escadas”. Informação desmentida pelo proprietário, pois a
edificação tem 10 andares e seria impossível uma edificação daquela estrutura
sem elevadores, bem como ao contrário do que diz a Segplan, a unidade
funcionava no primeiro andar do edifício. Ainda, justifica o empresário que,
todas as exigências (obras na alvenaria, instalação de rede, adequação nos
elevadores, entre outras) foram cumpridas tão logo foi lavrado o contrato de
locação e se houvesse qualquer inadequação, esse não seria firmado.
Hoje, se sentido lesado o empresário
não entende o porquê de tanta negligência. “Como conseguiram inaugurar a
unidade em um novo local com um contrato ainda vigente em outro? Pois, para
fins de direito, a unidade estava em funcionamento no imóvel objeto do primeiro
contrato. Será que o governador sabe deste prejuízo nos causado por parte da
Segplan e que seus servidores foram omissos e colocaram em xeque a
transparência do seu governo junto a nossa empresa, bem como a sociedade?
O empresário afirma que se a Segplan
não resolver pacificamente o problema, será obrigado a levar o caso até a
esfera judicial para que assim seja ressarcido dos prejuízos que acumulou em
virtude da omissão do governo do estado.