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Mudança no cenário político municipal, Everaldo fecha acordo com Marconi Perillo e Leda Borges

Em final de governo, os moradores de Santa Maria, a exemplo do restante da população do Distrito Federal se veem atolados em vários problemas em todos os setores. Governo abandonou a região e o caos toma conta das cidades.

Santa Maria – A maior decepção que os moradores de Santa Maria estão passando ao final da gestão do governador Agnelo Queiroz é a falta de continuidade nos serviços essenciais para a manutenção da ordem na cidade. Se não bastasse o aumento significativo da violência, onde no último mês chegou a ser registrado a marca de três homicídios por semana, além do aumento significativo de furtos e assaltos, os moradores ainda estão convivendo com outros problemas relevantes, por exemplo, o abandono da praças públicas e depredação dos parques infantis e PEC’s – Pontos de Encontros Comunitários. As várias quadras poliesportivas da cidade estão sem as mínimas condições estruturais para que os jovens pratiquem qualquer atividade esportiva, bem como, os parques infantis, quando ainda existem, oferecem risco de acidentes paras a crianças que neles ainda, por falta de opções, insistem em brincar. Exemplo da depredação das áreas de lazer da cidade está estampado, principalmente, na praça central da cidade. No local, os parques infantis praticamente somem em meio ao mato alto, quando estes não estão quebrados. Também é possível notar a falta de iluminação pública, bem como os campos sintéticos e de areia estão com traves e alambrados completamente deteriorados e cheio de lixos. Outro fato que também chama a atenção no local é a fonte luminosa recentemente construída, que pelo estado de abandono, apresenta forte odor e virou criatório de larvas, possivelmente do mosquito aedes aegypt, transmissor da dengue, bem como outros insetos.
Segundo o a dona de casa Teresinha de Jesus Silva, a situação está chegado ao ponto de calamidade. “Não temos grandes opções aqui na cidade e o pouco que temos está aos cacos. Estamos vivendo uma dos piores finais de governo. Aqui falta de tudo um pouco e está chegando ao ponto de sermos obrigados a ficarmos com nossas famílias trancafiados dentro de nossas casas pela falta de segurança, bem como buscarmos opções de lazer em outros lugares para levarmos nossos filhos, pois aqui não temos o privilégio de usufruir do pouco que temos”, disse em tom de revolta.
Com a chegada das chuvas, a comunidade começou a se preocupar com o aumento do número de buracos no interior das quadras residenciais. “É certo que recentemente o governo realizou uma operação tapa buracos na cidade, porém esse é um trabalho rotineiro e esse não deu continuidade a operação e os buracos começaram a aparecer, causando transtornos aos moradores”, disse o aposentado Juraci Gomes de Oliveira, morador da QR 214.
Na última semana os servidores do Serviço de Limpeza Urbana entraram em greve e por longas duas semanas o recolhimento de lixo doméstico deixou de ser feito e o mau cheiro tomou conta da cidade. E para piorar, a principal empresa de transporte público que atua na cidade, entrou em greve e os rodoviários, ainda não chegaram ao entendimento com a direção. Assim, a greve continua. “Estamos abandonados aqui em Santa Maria, infelizmente o governo não está presente e não temos a quem recorrer. Acredito que o caos está acontecendo porque o governo não foi reeleito e assim, a exemplo das demais cidades, esse está deixando de cumprir sua obrigação”, relatou Juraci. Ele ainda disse que antes do processo eleitoral, todos os serviços públicos estavam funcionando perfeitamente na cidade. “Foi somente passar as eleições que parou tudo na cidade. Antes agente até admirava a ação do governo na cidade, agora o que se vê é o abandono”, finalizou.
Procurado para falar sobre o assunto, o administrador local Erivaldo Pereira, informou que está fazendo a sua parte para manter os serviços essenciais e que todos os servidores do órgão estão desempenhando suas funções. “O que compete a Administração Regional, está sendo feito e em nenhum momento a população deixou de ser atendida. Infelizmente existem situações que não é da nossa alçada. Assim, solicitamos a quem de direto para que sejam executadas as demandas e temos que aguardar por soluções. Acredito que nos próximos dias algumas demandas serão solucionadas”, disse.
Com relação a reforma dos parques infantis e quadras poliesportivas, Erivaldo explicou que dificilmente o governo conseguirá a reforma de todos. Porém, o que o órgão puder fazer de forma paliativa, a exemplo do que vem sendo feito, os servidores da divisão de obras irão continuar fazendo até o final da gestão.
Pelo visto, nota-se que há boa vontade do administrador regional Erivaldo Alves, em querer solucionar os vários problemas encontrados na cidade. Todavia, devido a problemas de gestão do governo, se vê impedido de realizar todas as benfeitorias que pretende. Mesmo assim, o administrador regional jamais deixou de cumprir o seu papel na cidade e o que deixou de realizar, é porque não era de sua competência. Erivaldo, em pouco mais de 1,5 anos em que está à frente do órgão, ele realizou várias ações benéficas para a população, bem como serviços essenciais, entre os quais está o programa Administração na sua Quadra, onde a cada 15 dias, o órgão se instalava em uma quadra diferente com a finalidade de ouvir os moradores e levar os serviços essenciais aos moradores daquele setor. “Com o Programa, estivemos durante toda a nossa gestão atuando mais próximo da comunidade. Assim, foi possível detectar e solucionar os vários problemas que encontramos naquele setor”, finalizou.

Pelo que tudo indica, o próximo governador terá que trabalhar muito para colocar em ordem os serviços essenciais em todas as cidades do DF. A herança recebida por Rollemberg, possivelmente será é uma das piores de todos os tempos. De acordo com levantamento feito pela equipe de transição, o déficit acumulado pelo governo Agnelo até o momento, já ultrapassa a marca dos 2,5 bilhões de reais e pode chegar facilmente aumentar. Além do déficit detectado, ainda há o fato de o governo não está cumprindo com os pagamentos junto a fornecedores. Com isso, além do déficit, Rollemberg poder herdar também uma grande dor de cabeça que irá lhe render vários problemas no futuro. Porém de acordo com o GDF, todos os compromissos serão saldados até o final da atual gestão e que o comando será entregue ao próximo governador sem qualquer débito e com dinheiro em caixa.

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