O ex-governador Joaquim Domingos Roriz,
completou na última segunda-feira (04/08), 78 anos de idade ao lado dos
familiares e amigos mais próximos. Bastante debilitado, devido os procedimentos
de hemodiálise que realiza diariamente (está na fila para transplante de rins),
Roriz continua firme nas suas convicções políticas, sendo um dos principais
mentores do processo eleitoral do Distrito Federal a realizar-se em outubro
próximo.
Detentor da frase que “candidato derrotado é igual vaca sem chocalho, que não puxa rebanho”,
ele parece amargar seu jargão, uma vez que passou a sua data natalícia longe
dos holofotes da imprensa. Poucas mídias, escritas e televisivas (quase que
nenhuma), comentaram a data comemorativa do velho cacique, que apesar da idade
avançada e saúde debilitada, “continua firme na política e poderá fazer a
diferença mais uma vez, nas eleições de outubro. Engana-se quem pensa que Roriz
está morto politicamente, o velho Roriz nunca deixou o seu povo a mercê e ele
vai mostrar sua força mais uma vez a sua força”, diz um assessor.
Enquanto estava à frente da política local,
Roriz era lembrado constantemente, ao ponto de leva-lo, muitas vezes, a
sentir-se incomodado com os assédios, fossem eles positivos ou negativos. Hoje,
o velho cacique está recluso em sua fazenda localizada na cidade de Luziânia,
de onde só sai para realização de exames e tratamentos de saúde. Porém, mesmo
recluso em seu sítio, Roriz continua a atuar na política brasiliense.
Adversário político da atual gestão que
governa o DF, Roriz aderiu à campanha de José Roberto Arruda, como o principal
articulador da chapa. Em troca do apoio, ele não abriu mão da
vice-governadoria, que após várias especulações, decidiu pela indicação do
médico e ex-secretário de saúde Jofran Frejat. De acordo com levantamentos,
caso haja a vitória da oposição nas próximas eleições, Roriz ainda comandará
boa parte do GDF. Sabe-se que pela força política que ostenta, Roriz não
deixará de estar à frente de várias decisões do governo.
Estadista
Muitos afirmam que após JK, o DF só voltou ao
desenvolvimento após a chegada de Joaquim Roriz ao governo local. Está
demonstrado nos quatro mandatos que comandou a capital federal, sempre com o
apoio maciço da população.
Quem não se lembra dos vários barracos de
madeirites nos fundos das casas, principalmente na Ceilândia. Tão logo assumiu
o governo, Roriz prometeu retirar todas aquelas pessoas dos alugueis e
torna-las donas de seus imóveis. E assim fez.
A primeira cidade criada por Roriz foi
Samambaia, que hoje é umas das principais em desenvolvimento humano e econômico
do DF, saindo na frente inclusive de muitas tidas como mais ricas e
desenvolvidas da capital. Após, vieram Recanto das Emas, Santa Maria, Riacho
Fundo I e II, Paranoá, Itapuã, Varjão, Scia/Estrutural, expansão da Ceilândia
com a criação da QNQ e QNR e expansão do Setor “O”, Estâncias de Planaltina,
entre outros tantos bairros e cidades que trouxe sonho e esperança para várias
famílias carente do DF. Só quem bebeu “agua de chafariz”, sabe o sentimento e a
gratidão que a população tem por Joaquim Roriz.
Sabe o que é almoçar pagando apenas 1 real?
Isso mesmo, com apenas 1 real muitos pais conseguem prover o sustento de suas
famílias durante o mês. Essa mágica quem criou foi Joaquim Roriz, trazendo a
felicidade para milhares de brasilienses. Ação que jamais deixou de existir, em
governos sucessores. Isso porque é um projeto benéfico para o povo.
Roriz deu início a transformação do sistema
de transporte com a implantação do Metrô (sistema que muitos não acreditavam
que sairia do papel), construção de monumentais viadutos que além de benéficos,
ainda se tornaram cartão postal da cidade, ampliou a malha viária e preservou o
meio ambiente com a criação de vários parques ecológicos em todas as cidades
satélites. O que dizer da ponte JK, tida como uma das maravilhas do mundo
moderno. Sabe quem a criou? Roriz é claro. Até hoje ainda há em execução
projetos e obras do legado Roriz e não há sequer uma obra hoje em execução que
não há o “dedo do velho cacique” na execução do projeto.
Enfim, se formos falar das maravilhas
deixadas por Joaquim Roriz no Distrito Federal, vamos enumerar durante vários
dias e não conseguiremos concluir. Assim, prefiro encerrar citando a Barragem
de Corumbá IV, que irá garantir água potável para os brasilienses e população
do esquecido entorno pelos próximos 100 anos.
Por tudo isso é que
parabenizamos Joaquim Roriz pelo grande estadista que é e pelo significado
importante na vida dos mais de dois milhões e meio de pessoas que habitam o
Distrito Federal. Parabéns velho guerreiro e muitos anos de vida.