Problemas com os Tablets foram os principais encontrados na eleição |
A
eleição para os novos Conselhos Tutelares do DF apresentaram problemas em todas
as cidades satélites. Os principais problemas apresentados, por exemplos, foram
com relação aos tablets programados para registrar os votos não estarem em
funcionamento ou apresentarem problemas no momento de registro dos votos, bem
como pela desorganização quanto às informações e desavenças entre candidatos e
fiscais eleitorais.
Nos
três locais de votação do Cruzeiro, de um total de trinta seções, apenas seis
estavam em funcionamento até o fechamento desta matéria, bem como foram
detectados outros problemas de maior gravidade, entre os quais um voto que foi
registrado de um eleitor que tinha o título do estado do Piauí, por falha dos
ficais que não conferiram a origem do documento. Porém, devido ao número de
eleitores que procuraram as seções para votarem, o processo transcorreu com certa
tranquilidade, uma vez que não houve formação de filas.
Em
Santa Maria os problemas foram além das expectativas. Na Escola Classe 218, por
exemplo, das onze seções existentes, apenas duas estavam em funcionamento
fazendo com que se formasse uma extensa fila em frente às duas únicas seções em
funcionamento. De acordo com a coordenadora do processo eleitoral na escola
Polyana Alves, houve alguns problemas em algumas urnas, que foram sanados com
rapidez e não prejudicou o processo. Ainda de acordo com a coordenadora,
somente na escola aproximadamente mil pessoas já haviam votado até às 16hs.
Filas enormes e poucas seções em Santa Maria |
As
informações da coordenadora não soaram bem para os eleitores que esperavam mais
de meia hora para poderem votar. De acordo com a segurança Ana Moura, já estava
aguardando há mais de vinte minutos em uma fila após percorrer pelas demais
seções e ser informada de que elas estavam com problemas. “Isso é um absurdo, pois não somos obrigado a votar e nem assim estão
respeitando o nosso direito. Não existe prioridade para deficientes, pessoas
com crianças de colo e idosos, bem como os responsáveis pelas seções não nos
dão alguma explicação, estamos aqui jogados ao relento”, disse.
Por
sua vez o servidor público Cícero Justino, se mostrou chateado com a situação
das seções que foram disponibilizadas e não estavam funcionado. “Gastar uma fortuna para colocar
equipamentos que não funcionam é muito ruim, principalmente se tratando do
nosso dinheiro. A empresa tem que devolver o que recebeu aos cofres públicos”,
disse. Outro fato estranho para Cícero se deu devido à urna não ter registrado
seus dois últimos voto. “Votei
normalmente dos três primeiros candidatos, porém o programa travou ao registrar
os dois últimos e assim não pude votar em todos os candidatos da minha escolha”,
enfocou.
Já
a fiscal Elizabete Luiz de Souza, relatou que recebeu algumas denúncias de
pessoas iam votar em um determinado candidato, porém na urna aparecia o nome de
outro. “Ao ser informada do problema,
tentei avisar o pessoal da mesa, porém fizeram pouco caso e não tiveram ao
menos a vontade de averiguar se realmente as denúncias tinham fundamento”,
disse.
Candidatos desrespeitam o processo eleitoral e cometem crime eleitoral |
Também
foram registrados em Santa Maria, outros problemas necessários à intervenção policial,
entre os quais o de um “pai” de
candidato que ofendeu fiscais, presidentes e mesários em quatro locais de
votação na cidade.
A
má educação de candidatos também foi marca na eleição em Santa Maria, vários
candidatos não respeitaram a legislação eleitoral e afixaram material de
campanha em locais públicos, fizeram distribuição de propaganda, quanto não às
espelhavam pelas ruas da cidade. No Centro de Ensino 209, por exemplo, um
candidato teve o despautério de afixar dois cartazes seus na entrada principal
da escola.
A
equipe de reportagem percorreu vários pontos de votação da cidade e em todos
eles foram detectados problemas no processo eleitoral.